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Vice-reitora é uma das investigadas pela PF no desvio de bolsas na UFPR

Por Gazeta do Povo 15/02/2017 - 16:13

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Vice-reitora é uma das investigadas pela PF no desvio de bolsas na UFPR

A vice-reitora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Graciela Inês Bolzon de Muniz, é uma das investigadas pela Operação Research, da Polícia Federal (PF), que prendeu 27 pessoas na manhã desta quarta-feira (15) por suspeita de desvio de R$ 7,3 milhões de bolsas de estudo e de pesquisa da instituição.

Um dos 73 mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal é de condução coercitiva - quando a pessoa é obrigada a depor para a polícia - é de Graciela, vice do reitor Ricardo Marcelo Fonseca e que era pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação em Execução da UFPR no período investigado pela PF, entre os anos de 2013 e 2016. Apesar de Fonseca ter assumido a reitoria em dezembro, Graciela ainda não tomou posse porque o mandato de vice tem calendário diferente.

Além de Graciela, tiveram mandado de condução expedidos outros cinco servidores da UFPR. Todos eles, segundo a PF, teriam participado de processos burocráticos que permitiram a liberação dos pagamentos das bolsas suspeitas.

A professora Graciela ainda não tem advogado constituído. Ela confirmou que prestou depoimento à Polícia Federal nesta quarta, mas não quis se pronunciar. Indagada por telefone se sabia das irregularidades cometidas no âmbito da universidade, ela disse que não poderia falar porque tinha acabado de sair da sede da PF.

O ex-reitor Zak Akel Sobrinho também foi citado no processo - as irregularidades aconteceram durante a sua gestão. Segundo o despacho judicial, Akel teria “responsabilidade na fiscalização da concessão de bolsas”. O ex-reitor presta depoimento à PF na tarde desta quarta. Akel foi procurado pela reportagem, mas disse que iria se inteirar do processo e daria um retorno na sequência.

Em entrevista à Gazeta do Povo antes da operação policial - o jornal vinha acompanhando as irregularidades desde dezembro -, o reitor Ricardo Marcelo Fonseca fez questão de enfatizar que as irregularidades foram denunciadas pela própria gestão de Akel Sobrinho, ainda em dezembro, quando a UFPR abriu sindicância interna para averiguar as supostas irregularidades.


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